O poder da língua

Vamos começar com uma reflexão que está em Tiago 3.1-10:

“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.”

Quem gosta de maior juízo? Ninguém, né!? Mas sabe que é uma realidade para algumas pessoas? Sabe que algumas pessoas que ocupam posições de liderança na igreja influenciam outras pessoas? Elas confiam naquilo que seu líder fala e ensina. Isso nos ensina que precisamos ter um cuidado dobrado. Por isso que quando eu vou pregar a Palavra de Deus, eu leio, releio, oro para ter absoluta certeza da pura verdade sobre aquilo que estou apresentando.

Tudo o que é falado de um púlpito é algo muito sério e afeta a vida de pessoas que estão debaixo de mesma influência. Por isso ninguém pode ensinar com leviandade o que se apresenta, e precisamos unir a Palavra e o poder de Deus.

Tiago disse que haverá um maior juízo para as pessoas que ensinam a Palavra de Deus. Porque as palavras carregam muito poder na vida de quem ouve. Vejamos o poder da nossa língua, no versículo 2: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.”

Agora, a palavra perfeito, nesse versículo, não significa sem falha. Essa palavra perfeito, no grego, significa maduro. Tiago está dizendo que a pessoa madura é aquela que não erra no que fala. Sabemos que não existe ninguém que não tenha falado algo errado em sua vida. Mas a pessoa que é madura, vai errar menos, à medida que o tempo for passando. Porque ela terá zelo naquilo que fala. Ou seja, se quisermos ser maduros, devemos prestar atenção no que falamos. A Bíblia diz que quem controla sua língua, controla todo o seu corpo.

Uma vez, depois que eu machuquei os joelhos, fui para um ortopedista especialista em joelhos. Ele disse que meus joelhos não prestavam mais. Achei absurdo ouvir de um profissional um laudo tão forte assim. Mas eu decidi, assim que saí daquele lugar, declarar saúde divina e me alinhar do jeito que a Bíblia fala. Então falei diretamente aos meus joelhos e os abençoei. Pois saibam que hoje eu corro, pulo, danço. Glória a Deus!

Assim como percebemos que Jesus, por meio de palavras, amaldiçoou uma figueira com aparência de frutífera, também devemos agir declarando sobre nós o que a Palavra de Deus diz.

Seguindo o versículo do livro de Tiago: “Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa”.

O versículo fala que assim como o leme direciona o barco na direção que se quer, assim a nossa língua faz:
“Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia”.
Todo prejuízo causado por circunstâncias e situações ditas por meio da língua solta é devastador. As pessoas criam sua história e resultados no poder da língua: bênção ou maldição nas finanças, na saúde e na vida.

No versículo 6, a Bíblia diz assim: “A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.”

Isso é forte. Se deixar, o crente pode emprestar sua língua ao diabo. Pedro, em dois momentos, falou inspirado pelo Espírito Santo e, logo em seguida, emprestou sua língua ao diabo. Aí Jesus o repreendeu: – Sai de mim, Satanás! Se com um discípulos aconteceu isso, que dirá com nós, humanos? Por isso devemos ficar em alerta para o que está saindo de nossa boca. Que não saia nenhuma palavra torpe que traga morte à nossa vida ou à vida de outrem.
Podemos, sim, impedir tais pensamentos e voz contrária à Palavra de Deus.

 “Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de veneno mortífero”. O homem pode domar qualquer tipo de animal, mas não pode domar dez centímetros do corpo, a língua. Nessa passagem, a Bíblia não está se referindo à língua de outrem, já que essa não podemos domar. É perceptível que a Bíblia está se referindo à nossa própria língua.

Diga assim: – Eu consigo domar minha língua!

“Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.”

Sabe que no culto as pessoas até conseguem declarar a Palavra de acordo com a Bíblia, mas lá fora, infelizmente, elas amaldiçoam a si mesmas e às pessoas em geral através de sua própria língua? Elas falam mal das pessoas, elas são tagarelas, elas falam o que não devem, vivem pronunciando coisas ruins sobre as pessoas e sobre sua própria vida sem nem perceber.

Bênção é a única coisa que deve sair de nossa boca. Sair vida e não morte. Então, se não temos algo de bom a falar, devemos ficar em silêncio, pois a nossa língua é uma arma mortal. Devemos ficar em alerta sempre proferindo palavras para edificação. Devemos transmitir graça sobre e na vida das pessoas.

Se utilizarmos bem nossa língua, passaremos a falar menos e a meditar mais antes de falar. Lembrem-se que muitas coisas que vemos hoje é resultado da nossa confissão. Declare o futuro que deseja e que quer ter. Assim a desgraça vai embora e a bênção começará a se manifestar.